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Mostrando postagens de 2017

22 de Novembro. Era para ser um dia de consciência, mas se tornou um dia de ódio, um dia de ofensa para um povo. Por: Jameson Brandão

22 de Novembro. Era para ser um dia de consciência, mas se tornou um dia ódio , um dia de ofensa para um povo. Por: Jameson Brandão Preto! Essa é minha definição de cor, e desculpe–me leitor, não vou agradar a ninguém, pois as dores somente os pretos sabem, a tristeza, somente os pretos sabem, mas, se pensa que isso é motivo de regressão, não, isso é um tiro para rebater, é uma resistência, é uma força e memorias de nossos ancestrais. Reverencias a Zumbi em memorias e trajetórias, reverencia a Conceição Evaristo, uma matriarca, reverencia a Cidinha da Silva, que muito me ensinou e tem em vida a nos ensinar. Reverências. Dia 22 de Novembro de 2017, este foi um dia que me senti triste, muito ofendido, em uma semana que falamos da Consciência Negra, a sociedade continua cega e ainda hipócrita. Já passou da hora de eliminar o preconceito, o racismo, a homofobia, e todas as formas de ofensas, aliás, nunca deveria ter sido criado essas datas, éramos para sermos uma “sociedade”,

...VII

Sozinho. Uma palavra que sozinha, Talvez nada seja! Mas, ela no seu ponto mais alto, Como expressão de um sentimento, Machucam! Ao certo, Não sei se é estado de espirito, Mas, apenas que caminhando, Continuo assim, Pequeno, Sendo mais um Sem forças para gritar, Sem amores para guardar, Apenas depois de tudo, Estou... sozinho... 

Primeiro amor

Eu já te vejo Sinto-te ao meu lado Ao caminhar comigo O teu carinho A tua misericórdia. Aquele que me salvou Tirou-me do vale E das aguas profundas Merece a majestade Que dele já o pertence. Cânticos de Gloria Cânticos de Aleluia Á Deus toda oração Com seu manto que protege Com sua mão que cura Com um coração que perdoa Ouço-te nos pianos Nas musicas Nos becos nas vielas No centro na orla Ao ouvir o som do mar Ao sentir o vento santo em minha direção A ver os olhos de alegrias Os brilhos de gloria Vejo-te na escrita da palavra. No abraço apertado minhas lagrimas pingam molhando teu altar Nas lembranças do principio Clamo a volta do teu primeiro amor Porque tu és grande Poderoso de amor Tu Jesus, É o meu primeiro amor. Lembranças são: A verdade e os sentimentos Que tudo foi eterno, Que muito de bom se firmou.

Os Lobos

Em uma noite cinzenta onde os lobos cantam OOOUUU, Esses assim, lá se vou, descendo a estrada à procura Muitos me dizem que nada vale Mas os lobos não uivam Catam na estrada infinita OOOUUU. Então lá se vou, cantando ou dançando? Cadê o medo? A floresta é densa e negra, Enquanto que a estrada vermelha, Se eu fosse lobo uivaria esta noite Está tudo vermelho, onde está o escuro? Vou correr e tentar me esconder Mas está tarde! Não há saída! Estou perdida, E lá no alto os lobos cantam OOOUUU. Jameson Brandão

Saudade da alegria

Ele me trouxe alegria, Uma gota de vida e Punhados de esperança. Ele trouxe-me alegria, Fez-me recordar e Avivar as memorias, Meu sorriso, Quando corria sorridente a alegrar a rua, Ao chute a gol no pequeno campo que me cercava. São reflexos da vida e das memórias, São apenas gotas da chuva, Que pingam em minha face, Enquanto escorre sobre todo o meu corpo Suspiro as lembranças,  As sensações, Os desejos. E assim, Apenas sinto o desejo e a paz, O suspirar das lembranças, O cair da tempestuosidade. O desejo de voltar em outrora, Apenas buscar mais uma vez O sorriso singelo do menino, Do menino (feliz).

11 de novembro. Um dia quente.

11 de novembro. Um dia quente. Por: Jameson Brandão No dia em que eu pensar novamente no momento único do dia 11 de novembro, lembrarei sempre com coração em brasa e fogo, as delicias e sensações que senti. As delicias que um dia podem proporcionar são as cadeias tenebrosas do pensamento ardiloso e na tentativa do reencontro, do grito perdido e desesperado de “te quero mais uma vez”, suspiro profundamente para o sentir, para encontrá-lo, e nessas brasas em que piso, nós dois não pisamos, mas vivemos assim, um positivo e um negativo... Mas, quando nossos fios se enrolam e reagem e montam o quebra-cabeça, a imagem, a bendita cena dos desejos preenchem a historia e escrevem no corpo um do outro aquilo que a saliva não alcança e aquilo que as unhas não conseguem penetrar. Marcas eternas de desejos mútuos nascendo, crescendo, montando o seu próprio caminho a trilhar na estrada do imaculado desejo de um novo encontro. No dia que eu te chamar, meu bem, Se achegue, mornamente, ou

O amargo do sangue

Deixa que te falarei, Meu amor é tempestade, Ecoa e aproxima maldade. Deixa que te falarei, Meu amor é sanguíneo Mas que compete com o sol. Durante esses dias, Sou apenas mais uma flor, Uma coroa, uma flacidez, A mudez da sintonia. Jameson Brandão

Despedida para a nação

Corro, choro e grito. Das auroras e outros nada vejo. Diante da paz que corre, Diante do choro congelado E do grito endurecido, Apenas eu, Morro amargamente nos cálices de sangue e mel. Apenas eu, morro preso/afogado. Jameson Brandão 

Ei, eu gosto dos seus carinhos! Me beije mais uma vez!

Por Jameson Brandão C erto dia, um hoje, me encontro cada vez mais bobo, esse tal de carinho, amor, paixão, amizade, tudo isso misturado e você ali, sem saber ao certo o que é, talvez um pouco de cada, mas afinal, sempre fico me perguntando o preço da graduação em liberdade, sentimental e de expressão por completo, para rimar, diria, sou eu e o deserto, mas afinal, o que sinto? Me pergunto e me pego pensando em que situação eu me encontro, um camundongo na viela, que escorre para o beco e encontra-se encurralado, mas agora tomar uma decisão, encarar as dores das pedras, ou viver somente olhando as ações de si próprio, paralisados! A verdade, é que o seu olhar invade completamente o meu, causa em mim um choque corporal de balburdias, que meu coração dispara... seria possível os meus atos? As duvidas são as minhas barreiras, mas as ações são delicadas... mas os limites de amizade eu os quero ultrapassar, eu o quero! Mas não como se ele fosse um objeto, mas sim, como um comp

Criança adulta

Á noite, Onde brincavam as crianças, Brincam os adultos. A gangorra que diverte as crianças Agora alegra os adultos, Assim talvez queiram fugir, das responsabilidades dos males do mundo. Assim, olham e escolhem a vida, A felicidade. Apenas ser mais uma vez, Uma eterna criança. Jameson Brandão

“Quem come sou eu, a abertura é minha!”

Por: Jameson Brandão *titulo da crônica expressado por Katarina Macedo  Cardoso Freitas , e dedicado a mesma.  Poderíamos conversar sobre vários assuntos hoje, segunda, dia 06 de novembro de 2017, no entanto, acho mais interessante usarmos do nosso ato de refletirmos sobre as ações e pensarmos sobre o titulo dessa crônica. O que eu tenho a oferecer aqui é simplesmente um dialogo, para pensarmos as questões do “quem come quem” penso que você pode está se dizendo, isso é um discurso “vulgar”, de sexo e ou pornografia. Engano! Há assuntos que devem ser expostos sem ser pornografia, mesmo ao falar dela, do erótico. Mas vamos logo ao ponto central, sei que enrolação por enrolação, vamos a certas campanhas politicas... encontraremos...! Debaixo de uma arvore, fora de debaixo de uma arvore. Abaixo da arvore tinha-se duas opções, a abertura feminina e uma masculina, bastava apenas quem estava de fora decidir... talvez uma e quem sabe pelas duas mesmo. E nessa vibe de emoções,

Diálogo

-Por favor, senhor! Abaixe essa arma! Nós não fizemos nada! E é assim que se começa essa história. Não é algo tão bonito de se contar, mas tudo começa desta forma.  Estou a pensar, agora mesmo enquanto você ler essas palavras, se o amor de mãe fosse mortal, certamente não mais existiriam. No entanto, e enquanto ao filho? O quão será que seu amor poderia salva-la se de um lado enxergo uma faca encostada ao seu pescoço, ao mesmo tempo em que ao filho está com uma arma sendo apontada para sua cabeça. Uma resposta pareceria difícil, então, o que posso fazer? O que você pode fazer? Qual escolha melhor se aplica? Um filho pela mãe, ou uma mãe pelo filho? Quer a verdade? Isso é algo que só a vida responderia, o tempo até, mas talvez. Então, onde estaria a resposta para tudo isso? Mas espere um pouco! Antes de responder, levantar hipóteses e tudo mais, quero lhe contar uma pequena historinha, depois você responde, para qual lado o Sr. Morte deve ser misericordioso. Em meio à co

Uma carta para Brenda.

Filha, eu nunca pensei no desespero que tu pudeste ter quando aquilo acontecia, eu nunca imaginava, sendo sua progenitora, choro e me deixo em mar de angustias e arrependimentos por não ter te olhado com mais atenção.  Quero te pedir perdão, mas realmente não sei se será possível te ouvir a tempo, por isso escrevo. Ao tempo que escrevo esta carta, de modo a ser como as marés, eu vou e volto, balanço e vós firmais em lagoa, estou te deixando! Mas, apesar disto, deixo para você todos os bens que conseguir durante a vida, deixo a minha bíblia, a qual faz tempos que a deixei de ler, deixo o meu primeiro vestido branco, o de casamento, deixo agora também, a senha do cofre, espero que abra, e se possível, leve contigo tudo que de dentro dele você conseguir aguentar pegar, leve de uma única vez, jamais volte para aquela casa para buscar qualquer outra coisa que aqui eu não descrevi. Ah, filha! Saudades és o que sinto, e as lagrimas que deixam escondidas meus olhos, até que eu poder

Dias assim...

São dois dias de dores dois dias sem luz, que contrario é esse?! que me leve e me seduz? Caminhando nas incógnitas Revelo meus caminhos! Sofro na estrada já que, a estante me observa, me molda, me escraviza, e ela, bem, diz ser apenas dias de dores, diz ser apenas dias sem luz, diz ser apenas dois dias sem amor, Sem dó. Sem... Jameson Brandão

Gotas de Saudade

Por: Jameson Brandão É muito bom falarmos da saudade. Hoje ainda sinto algo que me devora e causa em mim, o inexplicável. Talvez com isto, o que eu esteja querendo mesmo é sentir a saudade que ainda não me pertence, sentir o amor que ainda não encontrei, caminhar pelos caminhos que me faz sorrir, me (des)fiz. O que fala o meu corpo não é o mesmo que fala o coração. Certas coisas há de ter saudade, porque saudade é coisa boa, é mais que um sentimento, é uma peculiaridade, são momentos únicos... tais momentos são os que verdadeiramente nos marcam, e me marcam em especial quando as minhas lagrimas se comprometem a descer, pular, saltar, quem ela é? Verdade... quem é ela afinal? Porque molda e queres deixar um vácuo em dor, semear as dores que quero sentir essa dor, mas, se essa dor for muito mais que o meu (ser) puder aguentar, se ela for tão forte que os meus olhos me abandonam, se ela for tão forte que a semente torna-se infértil, não, não quero mais. Talvez em outro dia eu consig

A Lástima e o Velório

O povo grita Ele murmura Ela dança e Eles choram. O povo grita Ele chora Ela cai e Eles sofrem. Ela Grita Ele não esculta Ela aplaude e Eles caem. O povo grita Ele desmaia Ela acorda e Eles morrem. Jameson Brandão

Chegou!

No armário de Bela Vejo duas pintinhas rosas, De um lado vejo branco, Do outro, traços de libélulas. Seja qual for o segredo de Bela, Ela entende! Olha calma e suave, E responde Sorridente, -Eu sou apenas o arco rosa, Sou a cor das montanhas, Sou, o que outrora fui, Bem, meu bem, apenas flor! Jameson Brandão

Agradecimentos ao Poeta Antunes

Recebi com grande carinho algumas mensagens referente a um pequeno poema que publiquei no Facebook, estou muito agradecido com as coisas que estão recaindo sobre mim. Vejo o reconhecimento de anos de trabalho se concretizando, e isso me alegra.  Há alguns dias, recebi do Poeta Antunes , uma pessoa muito especial que conheci em São Paulo, no Teatro Gazeta, no lançamento da Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do Céu, onde temos poemas publicados, a partir daquele momento, posso dizer, foi algo reciproco.  E foi assim que a poesia nos aproximou, e nesta imagem acima, está o meu poema, mas toda confecção e edição foi por conta dele, foi uma surpresa que fez a mim e me enviou. Estou muito alegre e agradecido não somente pela imagem, organização e tal... mas sim pelas palavras de carinho que foram a mim dirigidas, e desta forma, agradeço.  Desta forma, aprecio o trabalho de Antunes desde São Paulo, e venho acompanhando as suas postagens, indico a leitur

...VI

...existem tantos amores, e eu tenho os meus, mas é dolorido saber, que os meus não são meus, e o que diria eu?  Apenas isso! Direto e quieto, -Os meus... não me tem. Jameson Brandão

...V

Quando eu te mandar um beijo, Mas não qualquer beijo, Aquele cujo aspecto é o olhar, Fique esperto meu rapaz, É mais que vontade, É cena de diálogos, Vem logo! Que eu sei que tu és voraz! Jameson Brandão

...III

Existem mais do que cinzas, Uma noite, Um dia, Um meio e um ser, Depois de tudo que se segue, Perdão, Sabe aquele que prometeu, Esse não é mais eu. Jameson Brandão

...II

Há momentos que as lagrimas também querem falar,  São situação complicadas, desajeitadas, amorosas,  E nesse embalo, me pego num estalo,  o que antes era oculto, agora é revelado,  Se eu soubesse que seria complicado, não teria falado, São pressões loucas, e meu remédio é a escrita,  de outrora a vida, de pós, um desejo de um dia,  ter alegria! Jameson Brandão

Frases e Pensamentos XXII

👣 👣 👣 👣 👣 👣 👣 Tem dias que sou baú, em outros, apenas lágrimas!

As lastimas da solidão

Jameson Brandão E depois de tudo... Ele perdia o seu sorriso, esvaia-se entre seus dedos, tornou-se, solidão, apenas era solidão. Um grito para matar a morte! E ele morreu... E ele sofreu... E ele gritou... E ele apenas vive a sua morte!

Escritor Sacolinha em Itaberaba; um bate-papo sobre literatura.

Por Cleber Teixeira e Luciana Moreno O Grupo de Estudos Literatura e Periferias (GELPs), desenvolvido na UNEB – Campus XIII e coordenado pela Profa. Dra. Luciana Moreno, vem desde 2014, realizando pesquisas sobre autores brasileiros contemporâneos cujas obras representam os espaços e contextos periféricos. Anualmente, dois autores são estudados pelo grupo e a cada semestre um deles é convidado a reunir-se com os pesquisadores, participando, em seguida, de evento aberto ao público. Já estiveram por em Itaberaba, escritores brasileiros como Sérgio Vaz, Fábio Mandingo, Marcelino Freire e Cidinha da Silva.  Neste primeiro semestre de 2017, o escritor Sacolinha vem a Itaberaba para a culminância dos trabalhos de pesquisa do GELPs sobre sua obra. Nascido em São Paulo e residente em Suzano, Ademiro Alves de Sousa, 33 anos, é formado em Letras e autor dos romances Graduado em marginalidade (2005) e Estação terminal (2010), dos livros de contos 85 letras e um disparo (2006) e Mante

? OU ?

POR: JAMESON BRANDÃO EM CADA ARTE, PROCURO UM SIGNIFICADO, NO ENTANTO, QUEM DERA EU SABER, O GRITO DE CADA ARTE, MAS TALVEZ SÓ ASSIM, EU VIVA MINHA MOCIDADE.

Frases e Pensamentos XIII

"Um dia, quando a luz retornar a sua morada, a escuridão será a unica escolha, mas para que as veredas de luz fluam, o eco interior deve estar pronto a rasgar a sala da obscurador, enfrentar as larvas que os cobrem e lançar a arma, é a moldura do grito fulminante" 

Ossos Perdidos

Por: Jameson Brandão Sempre canto ao arvoredo. Choro para lastimar o rei, Mas a felicidade continua perdida, E mais perdida estou eu, Ando nos vales sem ossos, Pois os ossos sou eu.

Frases e Pensamentos XII

“A felicidade plena é o que aproxima o homem da morte, é o véu que se rasga, cobre a face mentirosa e limpa, e sendo ela a plenitude, a graça dessa felicidade que se procura, demostra-se ela uma como um despenhadeiro, ele na ponta, a agulha nas costas, mas é a felicidade lhe espreitando precipício abaixo, para viver, a morte é o caminho, se quer sorrir, não viva se lamentando, a criança por si só é conquista do improvável, sendo ela risos e alegrias diários, é a inocência, a verdade da felicidade plena.” 

A venda

Por: Jameson Brandão Qual o preço da liberdade? Um quilo de farinha, Ou meio quilo de bofe? A cada um cabe uma escolha, Viver na fartura da prisão, Ou viver de verdade Sem as marcas da ilusão.

O forrozão de Aninha

Por: Jameson Brandão Moro na vila dos povos, Onde tudo são risos, A noite canta o violeiro Ao dia o sanfoneiro. É uma disputa acirrada Carlos quer dançar com Aninha, Mas de longe são observados, Pelos olhares de mainha. Mas o cabra não desiste Mostra que não se aperreia, Chama a garota de mansinho, -Vem cá Aninha, vamos colocar para subir poeira? Mas Aninha toda sem jeito Diz ao senhor boiadeiro, -Vem cantar no meu ouvidinho, E quem sabe, dançamos um forrozinho.

Uma flor de cor de alma

Por: Jameson Brandão Ao certo, Tem coisas que nunca explicarei, É uma Bahia diferente! Onde o sol bate forte, O calor esmorece os homens, E surge algo especial. Com tantas dores, Com um pouco de harmonia Vivo feliz do terreiro de minha casa, É de onde tudo observo, Desde o mais longínquo Até o que vem de perto. Onde observo o terreiro em pó, As baianas das escadarias, A fremência da alma revela-se, São ossos e cacos na mocidade Onde um dia nunca trilharei, E assim deixo cair o que mais especial conquistei. Vejo ao meu lado o boiadeiro, Chama o gado para perto, E deixa dele fluir uma essência, De onde tudo se volta para o céu, Ou apenas aos caminhos batidos De onde ceiam a majestade espelhada. A pedra encontra-se imóvel, Mas belíssima as suas marcas, São pinturas rupestres Ou apenas o olhar atento, da Bahia. De longe todos já a observam, Que alma é aquela que surge no imóvel Da demasiada beleza Onde deixa fl

Partida

Por: Jameson Brandão Ei moço! Tu conheces as minhas dores? Deixei a casa de taipa! Deixei a casa do meu barro! Deixei tudo com dor e lástima! Enxuguei meus prantos com pó! Será que não vê? Que deixei tudo, Tudo da minha Orobó! Mas se a partida fosse fácil, Amaria fielmente a minha vida! Mas olho o calo nas mãos, O pé devastado, A roupa rasgada E o mais dolorido, Como posso amamentar, Se tenho mais duas filhas E mais uma que virá, Tantas bocas, Tantas gentes, Tantos inocentes, Será certo fazer o que me dizes? - Pega tuas trouxas moça, Já é hora de partir, Deixa tuas crias comigo, Será melhor assim. Com a fome não tem negocio, Ou deixo minhas filhas Ou morremos no sol sim, Já chego ao oitavo mês, Percebo que ele vem, De um lado o sinhô da terra, Do outro o sertão de quem? Me pego pensando, Será melhor assim? Ou será o meu devir?