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“Quem come sou eu, a abertura é minha!”

Por: Jameson Brandão

*titulo da crônica expressado por Katarina Macedo  Cardoso Freitas, e dedicado a mesma. 


Poderíamos conversar sobre vários assuntos hoje, segunda, dia 06 de novembro de 2017, no entanto, acho mais interessante usarmos do nosso ato de refletirmos sobre as ações e pensarmos sobre o titulo dessa crônica.
O que eu tenho a oferecer aqui é simplesmente um dialogo, para pensarmos as questões do “quem come quem” penso que você pode está se dizendo, isso é um discurso “vulgar”, de sexo e ou pornografia. Engano! Há assuntos que devem ser expostos sem ser pornografia, mesmo ao falar dela, do erótico. Mas vamos logo ao ponto central, sei que enrolação por enrolação, vamos a certas campanhas politicas... encontraremos...!
Debaixo de uma arvore, fora de debaixo de uma arvore. Abaixo da arvore tinha-se duas opções, a abertura feminina e uma masculina, bastava apenas quem estava de fora decidir... talvez uma e quem sabe pelas duas mesmo. E nessa vibe de emoções, encontrava-se também reflexões, quem come quem? Seria aquele que tem o órgão ereto e de saúde para fora, ou aquele ser que tem apenas o interno, sendo receptor do órgão ereto? De toda forma, se pensarmos em nossa boca, quando vamos almoçar, por exemplo, ingerimos, comemos, desta mesma forma, penso, e no sexo? É... sim, de igual forma pode ser.
Estamos muito acostumados a pensar que a mulher ou o homossexual passivo, são como objetos e refeições a dar gosto e saciar o del prazer do tal macho másculo, o “comedor” o “miseravão”. É pobre pensar assim, se ele soubesse as dores do discurso machista, não os faria, mas, engano de quem diz que come, na verdade, já foi devorado, comido... dilacerado, apenas.
Tenho tamanha certeza que você já ouviu ou até já pronunciou o discurso machista, esse mesmo do “já comi”, pataquada[1]...! esse é um discurso que cresce aceleradamente no ritmo em que as crianças tentam crescer. Pois, esse discurso já começa na família mesmo, fora dela, no andar da criança na vida, nas exigências machistas. Mas não quero explorar esse assunto,, acho que o superficial já o suficiente para digerir em uma segunda. Enquanto que abaixo da arvore há duas opções, que torna-se três. Afinal, qual a sua escolha? Ser cravo ou ser rosa? Ou ser os dois? Ou ser apenas aquilo que queira ser... sem obstáculos, sem rotulagens... sem usar da pergunta –“comi ou fui comido?” Eis a questão...

O cravo,
Não brigou com a rosa,
Nem tampouco,
Debaixo de uma sacada!
Isso tudo foi mentira!
O cravo estava cruzado,
Complicado, ali,
Com outro cravo!
A rosa viu,
Correu, traída...
Despedaçada.

Alimente-se corretamente... Porque te digo uma coisa, ser feminista é tão bom.





[1] Palhaçada/idiotice/coisa besta.

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