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Mostrando postagens de maio, 2016

Mãos e Lágrimas (poema)

Jameson Brandão No poleiro tem ovos, No poleiro tem galinhas, No poleiro tem galo, No poleiro tem pintinhas. No seleiro tem o milho, No seleiro tem o trigo, No seleiro tem o bufo, No seleiro tem umbigo. Na casa tem gente, Na casa tem cama, Na casa tem cozinha, Na casa só não tem quem me ama. Na fazenda tudo encontro, Na fazenda tudo se cria, Na fazenda tudo se planta, Na fazenda tudo grita. Onde tudo tem, É onde vivo salgando a boca, Onde tudo que fiz, Que venha Deus e me perdoa. Onde tudo penso em ocultar, No poleiro ia eu chorar, Mas no poleiro só não encontro, A mãozinha de minha rainha Onde tudo penso encontrar, Na casa eu correria, Mas na casa só não encontro, A mãozinha de minha rainha Onde tudo penso em falar, No seleiro me escondia, Mas no seleiro só não encontro, A mãozinha de minha rainha. Mas no caminho eu corria, Deixava os rastros de minhas lagrimas, Mas no caminho eu pedia! Oh, Deu

Amante da Terra (poema)

Jameson Brandão Madre terra! Que tudo guerreia e suporta, Quão falaria eu Se tu não me conter-se. A terra e seu brilho, Escondem meus frutos Não porque tu queiras Mas sim porque queiras eu. Sei que te piso, Desfruto oblíquo Por ser desinibido, Te grito e suplico. Tu me ouves! De ti, faço cobertor, As muletas que tinha Ele já abandonou. Fico no medo! Mas tu és eu sei, A amante perfeita, Que me cobre por inteira.

Ladeira de Pedras (poema)

Jameson Brandão Podia eu falar dos pecados teus, Podia eu falar dos pecados meus, Mas não falo! Porque no rabo, O teiú talhado, fala do cabo. E o homem inocente, coitado! Do mundo ou do céu, Rasga no grito doído, O sofrer do indivíduo. Uns olham enquanto transpassam lanças, Outros reclamam dos corações feridos, Mas nos seus íntimos as suplicas perdidas, Do alvo que dói, morro e não suplico. Podia eu falar dos pecados teus, Podia eu falar dos pecados meus, Se no sangue dos meus olhos, E se carne do indivíduo, não o desejasse. 

Desejos de Idosa (poema)

Jameson Brandão Sei que tudo podia, Sei que tudo poderia Sei que o tempo não volta, Mas sei que o tempo tudo sopra. Poderia quicar, Poderia rebolar, Poderia dançar, Poderia amar. Poderia ser você, Poderia ser eu, Poderia ser tu, Poderia ser nós. Poderia ser a juventude, Poderia ser a velhice, Poderia ser a noviça, Poderia ser a rainha. Poderia, poderia Poderia até falar, Poderia ser nova, Poderia! É. Sou idosa. 

Suplicas de Perdão (poema)

Jameson Brandão H oje acordei inquieto O nde os sonhos vivem em dia J ancorando descobri mais um E que nada disso valeu o tempo. S ua graça infinita, U ma vez, mais uma vez, P or favor! Ei de me socorrer, L indo não era, sei que não, I ncrédulo seria se não o suplicasse, C arne da carne, A mor e o ardor S uplicar o corpo no corpo. D epois dos prazeres E stava no anto das suplicas P erdão senhor, E rrei nos devaneios obscuros, R ato me assemelhava D ia a dia, noite a noite, A onde falava, mergulhava, O nde parava, suplicava, mais uma vez.

As Pombas (poema)

Jameson Brandão Pombas brancas Pombas pretas Pombas cinzas Pombas coloridas As brancas catam caviar As pretas catam milho As cinzas catam os  trigos As coloridas catam do vinho Saboreia o pó Saboreia o grão Saboreia  a semente Saboreia do manjericão Voltam as pombas brancas Voltam as pombas pretas Voltam as pombas cinzas Voltam! Oh, pombas negras. 

Desculpas (poema)

Jameson Brandão Desculpas e desculpas, O perdão que Deus me dê, Mas a você que chamei de amigo, E nos íntimos te encontrei, Se caso foi ofensa, Que venha a desculpa, Se caso foi grato, Que bom que vem ao caso, Se caso foi bom, Que permaneça em pé, Mas se não foi de agrado, Meu pequeno Paulo, Que desculpas e desculpas, O perdão que Deus me dê.

Dodô (conto)

Jameson Brandão Oh, Dodô! Oh Dodô! Tá quente! Tá quente!   Gritava a pequena Raquel imitando, ao ver o desespero da tia. A tia gritava, oh Dodô! Oh Dodô! Tá quente! Tá quente!   Mas a pequena não sabia o que era. Parecia ser azul amarelo violeta branco cinza preto, mas afinal o que era esse Oh, Dodô! Oh Dodô! Tá quente! Tá quente!   E a situação ia ficando mais difícil, Raquel agora pulava, mas porquê primeiro pulava a tia. Era pulo para aqui, era pula pra lá, ninguém entendia, mas gritavam Oh, Dodô! Oh Dodô! Tá quente! Tá quente!   Mas afinal cadê Dodô? Que a mulher grita e ele não vê! Ou vê e se esconde! Mas com as mãos em chamas, ou era chamas em mãos? Mas tia dela, tia de minha tia de tia que também era tia de minha tia, assim gritava a sobrinha que é minha prima, mas sobrinha de tio, que é marido de tia, mas mesmo assim tia gritava. Oh, Dodô! Oh Dodô! Tá quente! Tá quente! Bem que minha tia agora pulava e fazia acrobacias com o copo na mão E dentro do copo, po

O Sol e a Lua (poema)

Jameson Brandão O sol argumentou com a lua Qual seria seu amor, Não dizendo nada com nada A lua se escondeu e murmurou. Ela sabendo destas palavras No coração brotou, Flores e lírios E assim ela chorou.

Jogada nas Margens (conto)

                                                             Jameson Brandão Quase nasci em berço de ouro, mas foi graças a Xoxô, que estou aqui. Xoxô é um cachorro que vive comigo até hoje, depois do que passei somos inseparáveis. É meu melhor amigo. Não me lembro bem, mas sei que foi assim. Certo dia andava ao vagabo pelas ruas da cidade. Sentia o frio me tomar incontrolavelmente, meus dentes batiam, rangiam, mas eu continuava andando por ali. Meus olhos estavam quase fechados, o amarelo descia pelo olho escorrendo gelado. Mas nunca parei de prosseguir, sabia que a minha frente o calor dos braços de meus pais iria encontrar, sentir o seu abraço, quentinho! Suas mãos acariciando minha face, e o melhor, sentir em meu coração que eles me chamam de filha. Venha filha, entre! Assim pensava enquanto andava. Sempre tentando imaginar as suas faces e até brincar com meu irmão e o cachorro que devia estar em casa. Mas foi por esses caminhos que tanto ando, que lateja em meu pé o calo, as

APEV (poema)

Jameson Brandão Amor, Amor, Amor, Porque falar dele E não falar do criador? Paz, Paz, Paz, Porque falar dela E não falar, sem ele não sou capaz? Esperança, Esperança, Esperança, Porque falar dela, Se nos passeios da vida, quando caio me levanta? Vida, Vida, Vida, Porque falar dela, E não falar da aliança?

Sei lá (conto)

Jameson Brandão Ah, sei lá. Tem horas que pareço que vou enlouquecer ficar depressivo, é, mas é verdade! Esses dias mesmos quando cheguei em casa, me senti afogado em obrigações, não que eu tinha de fazer naquele dia, já que era domingo e a noite. Não! Não estava pirando, ou pra querer fazer uma loucura, Deus me livre dessas ideias, da vida tem muito o que se viver, e logo agora que estou na fase do descobrimento, faculdade, crescimento em tudo. Sei lá. Não me pergunte nada, só sei que o que sei, é pouco, mas o muito só com tempo, agora estudar de mais, ler de mais, buscar de mais, ai fico de mais mesmo, muito louco por causa do fio da mentalidade que se rompeu. Adeus saúde mental. Sei lá. Mas não quero, estou sofrendo com sorriso no rosto, chorando em pensamentos e eles pensam que penso sobre os conteúdos que passaram, tolinhos. Mas o sofrimento pode ser passageiro, ou então me joga logo no fundo, do fundo do calabouço. A poesia prevalece, disse o vocalista da banda teatro m

Idade de Oportunidades (poema)

Jameson Brandão No encalço da mocidade era feliz, Curtiu, retrocedeu até esqueceu, Quando a velhice bater na porta, Os atos sinceros se tornam suplicas de perdão. Até os insinceros se revelaram, O ímpio cairá, E a idade não mais se revela, Quando desce a sepultura. Não podeis mais clamar, Pedir o perdão! O perdão que na mocidade, Teve a oportunidade. De seguir e vagar, De mudar e avivar, Mas agora muitos clamam, Mas é o começo do fim.

Lamparinas (soneto)

Jameson Brandão Óleo, azeite e até querosene, Onde há trevas! No Pingo de Fogo, A luz se revela. A luz concentrada em abafo, O óleo é vida! O azeite é vida! O querosene é vida! A luz está acima, mas para que se chegue, Molhasse o algodão, Umedece até a ponta da lamparina. Diz que está preparado! Espera no pingo do fogo a luz da vida, Que no escuro da morte queria se revelar.

Com Nome (poema)

Jameson Brandão Eu pensei que estava sozinho, Da solidão me tirou, As muralhas que me abalam, Ele já as derrubou. Não posso dizer que não, Se ele já me disse sim, Nos vales e no monte Posso ouvir o que me diz.

Oportunidade (poema)

Jameson Brandão Almejam o passado, Almejam o presente, Almejam o futuro. As escolhas são dolorosas, As escolhas são renuncias, As escolhas são vidas. Através do bem, Através do mal, Através da escolha o alvo é almejado. Galhos secos, Galhos da videira verde, Galhos de vida em cinzas. E no seu compasso, E no meu andar, E na terra batida, a agua cheira. Vida e morte, Vida de soluções, Vida de alegrias. Morte e dor, Morte de soluções, Morte de alegrias. A dor dos feridos, A dor dos cansados, A dor da vida, que um dia teve alegria.

Luar de Novela (poema)

Jameson Brandão Abaixo das galhas feridas Os seres inquietos Com dúvidas. Ativam na mente A solução percebida Do que não se percebeu. Não queiras soluções! As novas são cheias E os velhos transbordam. No anto Não a vácuo Mas cheios de deveras. Medos e dúvidas Se unem como amigas Inseparáveis a vidas. O que era vácuo está se enchendo E o medo dos desejos dizem olhos O quão sereno seria. Os perigos são doidas Mas o centro não aceita As marcas e feridas da vida .

Laje do Amor (poema)

Jameson Brandão Quando nela subo, Quando dela eu olho, Quanto tempo será, Que nela posso ficar? Quando nela subo outra vez, Prefiro a luz do luar, Pois é lindo o nosso Jeito de olhar, Quando dela olho outra vez, Gosto de ver o quanto é Lindo, e de tão lindo, Até que dá vontade de namorar, Os casais apaixonados Adoram o luar, É gostoso, pois nele Que é bom pra amar, Hoje nela não posso mais subir, Foi tampada por telhas, Mais e aí, de onde agora As estrelas e a lua Pra mim irá surgir? Mas não fico triste, Ergo a cabeça, E de outro lugar irei ver E como os namorados, Usarei das estripulias e dos sobressaltos.

Não sei (poema)

Jameson Brandão Em nossas vidas Somos fracos, Consumidos e consumidores, Em nossas vidas Somos fortes, Será que força é só músculos? Em nossas vidas Não sei! O que não sei? Em nossas vidas Sei! Sei que de tudo não sei, Em nossas vidas Sei ou não sei, Não sei ou sei? Mas de que Valeria a vida, Se tudo soubesse? Mas de que valeria a vida? Se tudo eu digo Não sei? Nessa vida te digo Sei que não sei de nada, De nada sei que sei, Então te digo que sei Que ninguém neste mundo sabe, O que Deus sabe.

De braços abertos (poema)

Jameson Brandão Não! Não adianta. Correr! Não, não adianta. Chorar! Não, não lhe dará alivio. Sofrer! Talvez. Murmurar! Já mais. Correntes! Peça e livra-te. A porta a gaiola, As joias são banais, E a humanidade, esquecida. Correr, gritar, Pedaços e cacos, E espelhos agora já quebrados. Ele livra, É o guia da vida Sim! Ele livra. Nos caminhos da vida, Ele anda radiante, E suas falas, de harmonia e paz. Mas o povo não o ouve, Não! Não o vê, Mas as marcas, continuam cravadas. Sim! É belo, Ele ama, Dai-lhe a mão. O amor e os carinhos, A vida completa sem excessos, Mas com detalhes. Até em pensar! Está ai o tempo todo, E quase não o percebem. As gratidões, Os atos e votos! Nada! Nem aos átomos se compara. Nada se compara, As destrezas e veredas, Com ele! A vida é bela! Por mais que escreva Não se consegue revelar, Se o mesmo não o revela. Mas o amor é eterno, Seu nome belo, Jesus! Esse é o elo.

A Brisa (poema)

Jameson Brandão O frescor da brisa, Do outono inverno, Em nossos rostos se revela, A linda luz, Do brilhar da sentinela, O frescor da brisa, Da primavera verão, Se assim eu te digo, O luar brilha, Dentro do teu coração, O frescor da brisa, Vem do vento Do amanhecer, Nos revela o amor, Que em nós faz resplandecer, O frescor da brisa, Traz com  ele o vento, Que balança os cabelos De uma linda mulher, Sem saber que o amor, A observa do alto da sentinela, O frescor da brisa Do amanhecer, Entrelaça corações, Corações que não se conhecem, Mas se enchem de paixões, O frescor da brisa, Toca logo o frio pela manhã, Toca logo o calor do meio dia, E neste caldeirão, A chama que aquece o vulcão, É a chama do coração, O frescor da brisa, Traz em nós reflexão, Reflexão da vida em canção, Canção de amor, Que nasce do teu coração.

O Besouro de Mário (conto)

Por : Jameson Brandão A lua encontrasse envergonhada, as nuvens a cobrem de nossas visões, mas o jovem Mário adentra a faculdade. Não sabia ele o que lhe aguardava ao lado de fora. Todos já o observavam, mas ele não entendia. Coitado! A chacota e algazarra podia se perceber de longe. Mas logo no dia de sua gripe! Os minutos passam. A aula termina, os seus passos deslizam no caminho, e o besouro o perseguia. O bicho tinha metros e metros ou era centímetros e centímetros. Ninguém percebera o que era, mas ela, a sua amiga o viu. Espantou-se. Não sabia o que dizer. Aviso ou não aviso? Pensava ela ao mesmo tempo em que ficava sem reação. Ao fundo o som do metal, os homens de preto já adentravam a universidade, mas o bicho permanecia ali, irredutível, o besouro parecia querer sair, mas sua colega ainda sem reação espantada estava. Aí foi quando Mário, levantou a mão, passou pelas narinas.... Sua colega quando aquilo avistou, entrou em estado de crise de r

A Hora (poema)

Jameson Brandão A hora está no relógio, A hora está no lugar lá, A hora chegada está, A hora, que hora? A hora explica a chegada, A hora explica a partida, A hora explica a partida repentina, A hora, da pequena menina, A hora pode ser dia, A hora pode ser noite, A hora, pode ser a minha, A hora, pode ser a sua, A hora, é hora, A hora que é hora, A hora própria, não revela hora, A hora, que é chegada a hora, A hora de um sorriso, A hora de um abraço, A hora da chegada, A hora do abraço de lado, A hora, a toda hora é hora, A hora, pode não ser hora, A hora é tempo de subida, A hora é tempo de partida A hora é tempo de descida, A hora é tempo de vida, A hora, é hora e cheiro, A hora, é hora de enterro, A hora que chega, A hora é a mesma que sai, A hora da volta, A hora do resplandecer matriarcal, A hora que volta se chama, A hora da volta não te abandona, A hora que vai, A hora que vem, A hora

Veneno Retomado (poema)

Jameson Brandão Se o teu veneno vim a mim, Eu a transformarei, Sangue puro, Sangue em renovo, E foi-se teu veneno. O teu veneno não pode destruir Tudo que há  de novo, A tua insignificância basta, Você não venceu, A flecha atirada em mim, Desviou, Surpresa! Foi um tiro em si.

Mãe! Cade você? (conto)

Jameson Brandão Foi difícil aquele dia, mas as escolhas da vida nos enganam, nos caminhos e nos becos surgem os desesperos e suas filhas. Tristeza, raiva, melancolia, insegurança, desespero..., mas o amor é grande e prevalece intacto, mas presos no envolto das filhas. Já era noite quando as notícias chegaram até mim. Me espantei, decepcionando mais ainda. Triste confuso. Não podia acreditar naquela frase, não podia... mas ficou cravado na mente vê tudo aquilo. A tarde parecia tudo bem e até estava, quando uma mãe entrou em uma sala de cirurgia, mas o pequeno rapaz trabalhava. Vidas, flores, apertos e abraços, carinho, toque na face, o ombro amigo, tudo isso, como em noite desastrosa começava a sumir. As estradas iluminadas já começaram a aparecer, mas os sentimentos continuavam fervorosos. Naquele momento mudava, desespero, ansiedade, tristeza, choro, agonia. Choros e mais choros revelavam o amor que habitou naqueles tempos, naquela pequena casa, nos pequenos gestos

Morte da Paixão (poema)

Jameson Brandão A paixão cresce! A paixão apaixona O coração de um garoto! Que sofre e ama calado Por causa do Amor! Que espera ser libertado! Dedica o coração Abre em cirurgia O sangue transborda E a alma ferida Se despede do autor A paixão sucumbida.

Café de sorrisos (conto)

                                                                Jameson Brandão Era quase cinco horas. E eu me abstive do café de minha mãe, mas pense comigo! Café de mãe é sagrado e eu deixava ela naquela manhã. Muitos podiam até me perguntar o porquê daquilo, ou o porquê daquilo outro. Mas minhas palavras eram brandas, afável até no goto do goto das intimidades. Aquilo era confuso para o mundo, não entendiam o que eu sentia, respirava, dançava na valsa da vida, mas continuei a prosseguir, a olhar, porquê já não falava mais nada, aliás eu não falava, aí todos aproveitavam e faziam da minha sina uma vara com anzol jogada ao esgoto morto muco porco. - Como não tomar o café pela manhã? Me perguntavam e indagavam sugestas percebidas. E eu continuava sem fala, era como se o apocalipse chegasse naquele momento. ­ - Imundo! Louco! Assassino! Morte ao inimigo que está debaixo do próprio teto da mãe. Diziam como cobras ao ar de dar o bote. Mas a minha querida mãe ainda do

Gordinha da Mamãe (conto)

Jameson Brandão Foi, foi, foi. Foi sim mamãe! Quando eu passava pela avenida com a minha cinturinha, me chamavam de gordinha. Não sei o porquê! Mas elas faziam! Meu corpo é lindo, tenho minhas dobrinhas, saúde pra dar e vender, sou mais alta. Mas eu não entendo mamãe. Porque? Porque? Eu só queria tomar um sorvete em seu Doritelo, ele sempre coloca bastante cobertura, nozes picados, raspas de chocolate, uma camada de chantili, e pra fechar com chave de ouro, uma cereja! Mas não é qualquer cereja, é daquelas bem vermelhinhas, que de longe vemos o brilho. Mas imagina mamãe! Elas nem se alimentam direito, os pais não deixam, quando tomo meu sorvete elas ficam olhando, mas quando eu ofereço, dizem que não! Que não tomam gordura gelada! Na verdade, elas não sabem o que estão perdendo. E eu nem sou gorda, só tenho minhas dobrinhas, mas me orgulho porque como bem! Bebo bem! E elas não sabem o que dizem.

Vida com Cristo (poema)

Jameson Brandão Nos caminhos da vida  Sempre andei sozinho  No ar das auroras Eu não me sentia  protegido Mas descobri os seus Enlaces e seus encalços No meio dos altares. Era uma ruina Olhar o vale As suas rochas E seus ossos secos. Sem vida Sem amor sem o espirito do usufruto. O medo me toma Pelos braços Mas ando pela fé. A guerra foi sofrida E a vitória uma lastima. Pelo amor, Atravessei descalço. O medo não me tomas, Escuto no templo! Templo do espirito! A voz que me guia A voz que diz Não temas! Filho, eu estou aqui.

Mãe até no frio (conto)

Jameson Brandão A semana está bela, viajar não é nada mal. Fui passear no sitio dos meus avós, todos já me aguardavam principalmente minha mãe, que foi primeiro.  Cheguei por volta das onze e meia da noite, ela me esperava ansiosa, quando cheguei, falou que nem dormiu a minha espera, meu coração se encheu de orgulho e é como se estivesse em um oceano de amor, na verdade estava, só não tinha percebido. Logo foi me perguntando se estava com fome, foi me dando um copo com café e umas bolachas, ela nunca se esquece de mim. Quando saí de casa não pensei que teria tantas surpresas como teve. A casa é pequena e não tem camas para todos, mas isso nunca foi problema, não seria desta vez. Meus avós já tinham preparados a cama, umas esteiras no chão, tapete e lençol. Agora tudo pronto. Isso aconteceu entre a sexta e o sábado. Agora é entre o sábado e o domingo, mas precisamente madrugada de domingo. Quando fomos deitar-nos no sábado, minha mãe deu-me um lençol, por alguns instantes a vi

Universitários “ aqui não! ”

O que as empresas irresponsáveis escondem por trás do marketing e da grande mídia? Por: Jameson Brandão Com currículos na mão, lá se vão os desempregados, os que buscam o primeiro emprego e também aqueles que tentam uma recolocação profissional. Não precisa ser universitário, precisa-se de trabalhadores. Existe certos e errados, mas claramente, só existe “o que eu querer” Ou o quer da empresa, um edifício que não se move, mas temos indivíduos que falam em nome dela. Não, não fala em nome da empresa, ela precisa de trabalhadores e pessoas que a respeitem e zelem de sua imagem. Mas o que vejo é claro e bate com força em minha face. É como se eles gritassem que nós universitários, porque também me incluo, não podemos participar de suas mesas. Realmente pego-me a imaginar, o porquê de não universitários? Esta é uma pergunta que hoje já posso responder. Foi difícil e duro de aceitar. Fotos no currículo? Não, não coloco nem pretendo. O que devesse ser levado em consideração é as

Luz ou Morte (poema)

Jameson Brandão Nos devaneios da noite, Pareço acalentar-me. A escuridão e suas luzes E o vazio de suas vozes. Anseio pela liberdade, A mesmice me prende. Flores brancas se tornam belas, Mas as roxas renascem...