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11 de novembro. Um dia quente.

11 de novembro. Um dia quente.
Por: Jameson Brandão

No dia em que eu pensar novamente no momento único do dia 11 de novembro, lembrarei sempre com coração em brasa e fogo, as delicias e sensações que senti. As delicias que um dia podem proporcionar são as cadeias tenebrosas do pensamento ardiloso e na tentativa do reencontro, do grito perdido e desesperado de “te quero mais uma vez”, suspiro profundamente para o sentir, para encontrá-lo, e nessas brasas em que piso, nós dois não pisamos, mas vivemos assim, um positivo e um negativo... Mas, quando nossos fios se enrolam e reagem e montam o quebra-cabeça, a imagem, a bendita cena dos desejos preenchem a historia e escrevem no corpo um do outro aquilo que a saliva não alcança e aquilo que as unhas não conseguem penetrar. Marcas eternas de desejos mútuos nascendo, crescendo, montando o seu próprio caminho a trilhar na estrada do imaculado desejo de um novo encontro.

No dia que eu te chamar, meu bem,
Se achegue, mornamente, ou frio,
No meu corpo, enrolamos uma história,
Que linda ou triste, amamos,
Mas meu bem, se tu não amas, eu sei,
Gotas de memorias escrevem uma história.
Pra sua felicidade, ei de te amar...

Nos momentos frios, nossos corpos,
Peças moldáveis e encaixadas, de um bem,
O que me aquece são os desejos, frios...
O que esfria, são nossos amores em mente,
Meu bem, as dores que senti,
Deixo as fluírem sobre mim,
E dentro deste corpo, há apenas um termômetro vazio.
Mas meu bem, em lagrimas,
Em prantos... contamos uma história.
Pra sua felicidade, ei de te amar...

Sei que não houve promessas,
Mas eu as desejo, não o culpo,
Mas culpado ou não,
Conte essa historia para o meu coração.

Os meus suspiros são culpados pela história trilhada no dia 11 de novembro, e a todo estante me pego pensando no que eu não deveria está em maus tratos com o peito, mas, esse peito é de esperanças e conquistas, assim, olho para um futuro e “esperancio” conseguir trilhar uma historia sem medos, em que nossa igualdade, não seja o problema da sociedade, mas a solução dos grandes problemas e discursões.

Em algum desses dias,
Te encontrarei de uma outra forma,
Em que os nossos corpos não chorarão mais,
Em que nossas lágrimas serão passado,
Em algum dia, voarei,
Pensarei nos caminhos felizes que eu quero trilhar,
Esquecer toda maldade,
Tudo que me devora e me consome,
Ao ponto de minha respiração falhar...
Se eles soubessem...
Me amariam... assim, tão normal,
Mas não os culpo, os entendo.
Mas, minhas lágrimas são muito valiosas para serem vistas,
As escondo, enterro,
No negro da noite, onde nem minha pele possa denunciar-me,
Um dia, viverei livre...
Livre! Como os pássaros que cortam o céu enquanto cantam,
O canto da liberdade real.

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