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Mostrando postagens de abril, 2017

? OU ?

POR: JAMESON BRANDÃO EM CADA ARTE, PROCURO UM SIGNIFICADO, NO ENTANTO, QUEM DERA EU SABER, O GRITO DE CADA ARTE, MAS TALVEZ SÓ ASSIM, EU VIVA MINHA MOCIDADE.

Frases e Pensamentos XIII

"Um dia, quando a luz retornar a sua morada, a escuridão será a unica escolha, mas para que as veredas de luz fluam, o eco interior deve estar pronto a rasgar a sala da obscurador, enfrentar as larvas que os cobrem e lançar a arma, é a moldura do grito fulminante" 

Ossos Perdidos

Por: Jameson Brandão Sempre canto ao arvoredo. Choro para lastimar o rei, Mas a felicidade continua perdida, E mais perdida estou eu, Ando nos vales sem ossos, Pois os ossos sou eu.

Frases e Pensamentos XII

“A felicidade plena é o que aproxima o homem da morte, é o véu que se rasga, cobre a face mentirosa e limpa, e sendo ela a plenitude, a graça dessa felicidade que se procura, demostra-se ela uma como um despenhadeiro, ele na ponta, a agulha nas costas, mas é a felicidade lhe espreitando precipício abaixo, para viver, a morte é o caminho, se quer sorrir, não viva se lamentando, a criança por si só é conquista do improvável, sendo ela risos e alegrias diários, é a inocência, a verdade da felicidade plena.” 

A venda

Por: Jameson Brandão Qual o preço da liberdade? Um quilo de farinha, Ou meio quilo de bofe? A cada um cabe uma escolha, Viver na fartura da prisão, Ou viver de verdade Sem as marcas da ilusão.

O forrozão de Aninha

Por: Jameson Brandão Moro na vila dos povos, Onde tudo são risos, A noite canta o violeiro Ao dia o sanfoneiro. É uma disputa acirrada Carlos quer dançar com Aninha, Mas de longe são observados, Pelos olhares de mainha. Mas o cabra não desiste Mostra que não se aperreia, Chama a garota de mansinho, -Vem cá Aninha, vamos colocar para subir poeira? Mas Aninha toda sem jeito Diz ao senhor boiadeiro, -Vem cantar no meu ouvidinho, E quem sabe, dançamos um forrozinho.

Uma flor de cor de alma

Por: Jameson Brandão Ao certo, Tem coisas que nunca explicarei, É uma Bahia diferente! Onde o sol bate forte, O calor esmorece os homens, E surge algo especial. Com tantas dores, Com um pouco de harmonia Vivo feliz do terreiro de minha casa, É de onde tudo observo, Desde o mais longínquo Até o que vem de perto. Onde observo o terreiro em pó, As baianas das escadarias, A fremência da alma revela-se, São ossos e cacos na mocidade Onde um dia nunca trilharei, E assim deixo cair o que mais especial conquistei. Vejo ao meu lado o boiadeiro, Chama o gado para perto, E deixa dele fluir uma essência, De onde tudo se volta para o céu, Ou apenas aos caminhos batidos De onde ceiam a majestade espelhada. A pedra encontra-se imóvel, Mas belíssima as suas marcas, São pinturas rupestres Ou apenas o olhar atento, da Bahia. De longe todos já a observam, Que alma é aquela que surge no imóvel Da demasiada beleza Onde deixa fl

Partida

Por: Jameson Brandão Ei moço! Tu conheces as minhas dores? Deixei a casa de taipa! Deixei a casa do meu barro! Deixei tudo com dor e lástima! Enxuguei meus prantos com pó! Será que não vê? Que deixei tudo, Tudo da minha Orobó! Mas se a partida fosse fácil, Amaria fielmente a minha vida! Mas olho o calo nas mãos, O pé devastado, A roupa rasgada E o mais dolorido, Como posso amamentar, Se tenho mais duas filhas E mais uma que virá, Tantas bocas, Tantas gentes, Tantos inocentes, Será certo fazer o que me dizes? - Pega tuas trouxas moça, Já é hora de partir, Deixa tuas crias comigo, Será melhor assim. Com a fome não tem negocio, Ou deixo minhas filhas Ou morremos no sol sim, Já chego ao oitavo mês, Percebo que ele vem, De um lado o sinhô da terra, Do outro o sertão de quem? Me pego pensando, Será melhor assim? Ou será o meu devir?

Frases e Pensamentos VIII

“Se um dia as lagrimas que ecoam da minha face se esvaírem por completo, deixo voar a saúva que brota em flor no meu sertão, sendo ela o ar da caatinga, espero reciprocamente a descoberta do nosso amor, não importa a que caminho corriges o andar, mas, que puro ou impuro, o pó suja o covil do teu vestido, amarelando como amarelo és o sol, sendo assim, pergunto-me: -Que amor é esse que molda e maltrata-me assim?” 

A volta

Por: Jameson Brandão   Menina prendada da vila Come carne, arroz, salada, E de “quebra”, toma toda vitamina. Mas deixa em seu coração brotar, As flores do meu sertão, Espera ansiosa na janela A volta do vaqueiro para lhe cantar, uma canção. Vive sofrendo de paixão Quando vê que seu amor não volta mais. Mas que violência foi essa, meu Deus? Que não volta o vaqueiro, nem as dores da união! Parece tudo banido, As flores de Judite E as armas do mandacaru, Está tudo caindo de seco, Como também seca de Judite, a sua compreensão. Não chora Judite, pelo teu vaqueiro! No cerrado ou na caatinga, Vive o saudoso, o majestoso, Vive o homem forte ao sol, Encouraça o corpo bravo, De forma que só ele, Vive derramando as suas dores, Mas isso é como Judite quer, Anseia a volta do vaqueiro, Abre-se a porta, E lá se vem, Grita ela apaixonada: -Entra meu vaqueiro, Na minha simples residência, Estava chorando a tua partida, Pensava

Amarelinho

Por: Jameson Brandão Amarelo, amarelinho Um canto, e dois pauzinhos, Miúdo e miudinho De que é esse bichinho? Onde mora o amarelinho É onde chora o passageiro, Mas esse que é miúdo e miudinho Esconde-se, corre! É o boi ligeiro. Sendo branco ou sendo preto Corre o vaqueiro ao monte, Esquecendo-se do pastoreio.   Eita! Boi ligeiro, Desviou, caiu, Socorro! Lá se foi o vaqueiro.

Poemas de Pablo Neruda recitados

Convite: lançamento da Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea

Rumo ao mar que lava-me, renova-me, é o mar dos sonhos possíveis.  É com imenso afago que os convido a estarem participando comigo, no dia 7 de Maio em São Paulo, no Teatro Gazeta, para o lançamento da Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea ALÉM DA TERRA ALÉM DO CÉU, onde estarei participando com um dos meus trabalhos. E é com imensa felicidade que  espero todos lá.   

Itaberaba em poesia

Jameson Brandão Sou uma pequena menina Nascida, criada pelo Paraguaçu, Os braços da chapada me abraçaram Como me abraça tu. Vou te falar como tudo começou Desde a vinda do tal conquistador Até a igreja de Nosso Sinhô. Diziam que ninguém estava ali, Mas sabe atrás das grandes rochas? Vivia um povo artista Eram os índios Maracás, Do povo Tapuias. E para surgir a Itaberaba Um dia foi fazenda Lembramo-nos de Cajado, Que fundou a São Simão Na caatinga do nosso sertão. Mas pensa que acabou por ai? Depois foi só crescimento Veio à pequena igrejinha Que podia ser até um convento. Se tudo está crescendo, Lembramo-nos do rosário, Foi construída ao centro forte, Senda ela força e grave Tornou-se uma vila Que de tão bonita, Tornava-se poesia. Mas e dom Vasco Rodrigues? Sabe-se lá para onde ia? Mas deixou conosco pertinho, Os caminhos de tal folia. E o tempo foi acelerando Pessoas por aqui passando, Tudo de ma