Por: Jameson Brandão Menina prendada da vila Come carne, arroz, salada, E de “quebra”, toma toda vitamina. Mas deixa em seu coração brotar, As flores do meu sertão, Espera ansiosa na janela A volta do vaqueiro para lhe cantar, uma canção. Vive sofrendo de paixão Quando vê que seu amor não volta mais. Mas que violência foi essa, meu Deus? Que não volta o vaqueiro, nem as dores da união! Parece tudo banido, As flores de Judite E as armas do mandacaru, Está tudo caindo de seco, Como também seca de Judite, a sua compreensão. Não chora Judite, pelo teu vaqueiro! No cerrado ou na caatinga, Vive o saudoso, o majestoso, Vive o homem forte ao sol, Encouraça o corpo bravo, De forma que só ele, Vive derramando as suas dores, Mas isso é como Judite quer, Anseia a volta do vaqueiro, Abre-se a porta, E lá se vem, Grita ela apaixonada: -Entra meu vaqueiro, Na minha simples residência, Estava chorando a tua partida, Pensava