Jameson
Brandão
Era um dia santo, e
tudo começara em uma sexta feira. O vento e o barulho da floresta se
manifestavam e se mostrara vivos, mas o dia era santo, a noite também.
Ao cair da tarde, o
crepúsculo manifestara-se de forma abstrata, o vento não era o mesmo, a
floresta também mudara.
Um senhor muito
supersticioso que tinha por volta de seus setenta anos, na roça se encontrara,
se quer lembrara-se desse dia, mas não estava sozinho, fora com seu companheiro
Boca-Preta, o amigo cão inseparável de suas viagens.
Ele dentro do barraco
tomara seu café e se preparara para repousar, o dia no campo é difícil, o
trabalho é pesado e o sol é quem mais castiga o trabalhador. Foi quando do lado
de fora da casa um trovejo se formara, o cachorro tinha acuado um saruê.
O animal encontrara-se
em cima de um pequeno mamoeiro de nada mais além do que um metro, quando
escutara o trovejo saíra armado com um facão, fora em direção e vira o animal,
tentara o acertar, espanara com o facão, mas não acertara, o animal deu um pulo
rapidamente em uma moita de hortelãs e adentrara, o cachorro pulara em cima das
plantas, mas não o achara.
Alguns minutos depois,
o cachorro novamente acuara o animal, agora já na saída da roça. No caminho,
procurara onde o animal se encontrara, avistara o cachorro ao pé de uma grande
aroeira, e fora em sua direção.
Ao chegar ao pé da
grande arvore, olhou para cima e avistara o saruê, ele estava a uns dois metros
acima do chão, em uma pequena galha, com seus olhos sendo iluminados pela luz
do candeeiro, quando então se prepara novamente para atingir com o facão. Vira
o animal e então ataca, o animal foi atingido, saiu correndo entre as capeiras
e gritara, grunhira igual ao seu cachorro boca preta, então que percebera, não
atingiu o saruê, fora seu cachorro em cima da arvore. Mas retrucara como o
animal foi parar em cima da arvore?
Sem resposta e triste
com o acontecido, lembrara-se que agora poderá ter matado seu cachorro. Em seu
barraco, está a se lamentar, pois gritara o cachorro e vira que ele não
voltara, percebera, perdera o seu companheiro.
No outro dia pela manhã,
logo não acreditara no que acontecera, abrira a porta do barraco, chamara seu
cachorro. Ele veio. Não entendera, pois olhara o cachorro e não encontrara
arranhão algum, nem cortes nem nada. O seu cachorro passara a noite dormindo ao
lado da casa onde sempre esteve, foi então que percebera que aquele era o dia
santo de São Berto Lameu, e que nesse dia as ilusões tomam conta daqueles que
nele acreditam.
Estudos bíblicos
ResponderExcluir